Monday, November 8, 2010

Jejum

Passaram dois anos desde o último post. Dá para acreditar?

Tuesday, November 4, 2008

I will be watching you...

e não serei a única.

I Did Not Die
Do not stand at my grave and forever weep.
I am not there;
I do not sleep.
I am a thousand winds that blow.
I am the diamond glints on snow.
I am the sunlight on ripened grain.
I am the gentle autumn's rain.
When you awaken in the morning's hush
I am the swift uplifting rush
Of quiet birds in circled flight.
I am the soft stars that shine at night.
Do not stand at my grave and forever cry.
I am not there.
I did not die.

(Melinda Sue Pacho)

Friday, October 24, 2008

Em defesa do gosto musical

Já todos nos divertimos a traduzir letras de músicas estrangeiras, para depois de algumas gargalhadas percebermos que são tão ou mais ridículas do que as mais pimba das nossas canções.
Recordemos a “Angel” do Robbie Williams. Não é um bom exemplo? E a tão conceituada “My girl”, dos Temptation?
Serve esta conversa toda para justificar - perante aquelas que um dia me gozaram (e felizmente continuarão a gozar) - porque é que não consigo deixar de gostar de algumas bandas portuguesas, sobretudo das suas letras.

Fica aqui um dos alvos de chacota. Ainda que neste caso a letra seja "levada ao colo" por uma voz irresistivelmente rouca.

Saturday, August 16, 2008

Thursday, July 31, 2008

Um dia aprendo a caçar borboletas. Hoje é o dia?

"- Se eu nada fizer, nada existirá.
- Mas, se fizeres, poderá existir. Ou não.
- Sempre a inexistência tem mais força? - pergunto.
Mas não particularmente a ela.
- É a Graça, Gabriela - diz. Um dom.
E escreve no seu caderno: «um dom vem colocar-se ao lado do meu fazer para o proteger do nada».

(...)

Há naquela frase - a que está escrita no caderno - , a disposição de um combate.

(...)

Passa uma borboleta entre nós.
Não apanhar com a mão uma borboleta (penso) é tornar forte a regra que se estabeleceu nela.
- Que regra?
- Não se deitar fora a si própria, Teresa."

Maria Gabriela Llansol
in Ardente Texto Joshua

Thursday, July 24, 2008

Fora de brincadeiras

Uma das crianças está de pé, com os braços abertos e pernas afastadas, ou juntas, conforme se sentir mais apoiada. A outra está um passo e meio à frente, de costas para a primeira.
Segue-se a parte da acção. Sem olhar para trás a segunda deixa-se cair, porque a primeira está pronta a recebê-la, evitando a queda.
Hakuna Matata, sem problemas. Tolera-se um friozinho na barriga, uma espécie de vertigem de hesitação; mas não vale (mesmo) olhar para trás.

Entre as várias brincadeiras que se ensinam às crianças, esta é provavelmente
a mais romântica, e certamente das mais difíceis. Mas apenas para quem assiste.
Convencer um companheiro a deixar-se cair, ao mesmo tempo que nos convencemos de que somos capazes de o segurar, é coisa que entre crianças até se resolve de forma simples, caso o jogo corra mal.

- Então pah, tás parvo ou quê?

- Pah, tu é que caíste depressa demais, e ainda por cima és pesado!


mais um empurrãozito ou outro e um balanço final de cotovelos esfolados e umas nódoazitas negras nas costas.

Afinal, a verdadeira dificuldade surge quando já não é altura para brincadeiras, e a fasquia aumenta. O peso também.
E aquela vertigem de hesitação é agora enorme, de ambos os lados.

«Não posso exigir que ele aguente com o meu peso»

«Não posso garantir que estou preparado para evitar a queda»

- O melhor é não jogarmos ao jogo romântico.


Convenhamos, fora de brincadeiras: não se trata de quilos a mais.
Estamos todos parvos, ou quê?

Friday, July 11, 2008

Devia ser como no cinema...



Mas esta viagem tem muito mais de 100 minutos e o roteiro vai-se (re)fazendo. Pode, sim, tornar-se complexo (e vazio) o conceito de happy ending.
A cada tentativa de o roubarmos ao cinema.