Friday, December 7, 2007

E duas semanas depois...a saga continua

«Vamos por partes. O problema da crítica de Pulido Valente começa desde logo no modo como foi publicada. A capa do suplemento do Público anunciava: «Vasco Pulido Valente leu o último livro de Miguel Sousa Tavares e não gostou.» Ninguém precisa de ter estudado jornalismo para perceber o erro que aqui se cometeu. Isto não é notícia de capa em lado nenhum. Material de primeira página seria o Vasco Pulido Valente ter gostado de uma coisa qualquer. »


Ricardo Araújo Pereira in Visão

Thursday, December 6, 2007

E do feitiço fez-se profissão

Estarão com certeza lembrados de Natascha Kampusch, a rapariga austríaca que há cerca de um ano e meio fugiu da casa onde Wolfgang Priklopil a mantinha presa por mais de oito anos. Não é difícil trazer de volta à memória as imagens das entrevistas e as fotografias nos jornais, dada a intensa cobertura mediática de que foi alvo.
Muito se falou sobre o futuro desta rapariga: que traumas a iriam condicionar, que efeitos (nocivos) poderiam advir da excessiva exposição.

Eis que Natascha é de novo notícia: vai ter o seu próprio progama na televisão - um talk-show - no canal austríaco «Puls 4».
Se o feitiço se virou contra o feiticeiro? Neste caso, não foi bem assim. O alvo do feitiço cansou-se de falar de si, e quer saber dos outros; diz querer passar «de objecto mediático passivo a sujeito activo».
E não é que já comunicamos na gíria dos media?

Don't Panic, que é como quem diz «não paniques»

Bones, sinking like stones,
All that we fought for...
Homes, places we've grown,
All of us are done for.

And we live in a beautiful world,
(yeah we do, yeah we do).

Oh, all that I know,
There's nothing here to run from,
'Cause everybody here's got somebody to lean on.

Wednesday, December 5, 2007

PJ que não era polícia

O bom de não saber nada sobre jazz é poder gostar só por gostar, antes de o começar a perceber.
O bom de gostar sem nada saber é ter legitimidade para poder soltar certos disparates que se vão pensando ao longo do concerto.
Por exemplo:
1) que o contrabaixo tem um som quente;
2) que a guitarra soa muito diferente no modo jazz, e que no caso específico da escola HOT CLUBE trouxe harmonia ao quarteto com o saxophone, o contrabaixo e a bateria;
3) que dá gozo fixarmo-nos num instrumento e tentar ouvi-lo mais alto do que os outros;
4) e que talvez por percebermos pouco gostámos de tudo, e o dinheiro foi bem gasto.

Já dizia o maestro dos caracóis altos, aniversariante da noite - «viva o jazz».

(Portugal Jazz no CCB, com quartetos das escolas ESMAE, HOT CLUBE E JAZZ DO BARREIRO; segunda parte com Orquestra de Jazz de Matosinhos)