Wednesday, April 23, 2008

Escolha múltipla

Se houvesse quem de fora me disesse o que é isto, se brincamos...!
Como quem brinca à apanhada. Ou melhor, às escondidas.
(Sempre tive mais jeito para as escondidas)
Importas-te que seja assim?

E o que interessa que te importes, se não há ninguém que de fora arbitre o jogo?
Assim continuemos a fingir que não brincamos, já temos idade para coisas sérias.

Como dizes, se a bola estava fora? O que disse o árbitro, doçura, não foi que estava dentro? Sabes, a bola deixa marca em terra batida.

Ora pois, não discutamos o óbvio; há coisas mais importantes.

E se houvesse quem de fora te dissesse, encontravas-me?

Nunca gostei dos testes de escolha múltipla - aqueles das revistas só para miúdas.
(Sempre tive mais jeito para as escondidas).

Friday, February 1, 2008

Clara como a água

fotografia de João Pádua

«Se por falar falei, pensei que se falasse era fácil de entender...»

Thursday, January 31, 2008

Tomem lá um bombom (melhor) para abrir o jornal

9 de Janeiro de 2008: José Sócrates diz não ao referendo do Tratado de Lisboa.
No dia seguinte, é anunciada a decisão de Alcochete para o aeroporto.

Vinte dias depois, há um relatório da Reprieve que anuncia o envolvimento do país na transferência de prisioneiros para Guantánamo, através dos chamados "vôos da CIA".
A notícia é dada de manhã...à tarde José Sócrates anuncia a demissão de Correia de Campos e Isabel Pires de Lima.

What else?

Tuesday, January 22, 2008

Nomeações daqui a nadinha

Nas salas de cinema fechei 2007 assim







E entrei em 2008 com



Entretanto já espreitei o que se diz ser candidato a melhor filme...



e faltou-lhe...

um bocadinho assim.

Friday, December 7, 2007

E duas semanas depois...a saga continua

«Vamos por partes. O problema da crítica de Pulido Valente começa desde logo no modo como foi publicada. A capa do suplemento do Público anunciava: «Vasco Pulido Valente leu o último livro de Miguel Sousa Tavares e não gostou.» Ninguém precisa de ter estudado jornalismo para perceber o erro que aqui se cometeu. Isto não é notícia de capa em lado nenhum. Material de primeira página seria o Vasco Pulido Valente ter gostado de uma coisa qualquer. »


Ricardo Araújo Pereira in Visão

Thursday, December 6, 2007

E do feitiço fez-se profissão

Estarão com certeza lembrados de Natascha Kampusch, a rapariga austríaca que há cerca de um ano e meio fugiu da casa onde Wolfgang Priklopil a mantinha presa por mais de oito anos. Não é difícil trazer de volta à memória as imagens das entrevistas e as fotografias nos jornais, dada a intensa cobertura mediática de que foi alvo.
Muito se falou sobre o futuro desta rapariga: que traumas a iriam condicionar, que efeitos (nocivos) poderiam advir da excessiva exposição.

Eis que Natascha é de novo notícia: vai ter o seu próprio progama na televisão - um talk-show - no canal austríaco «Puls 4».
Se o feitiço se virou contra o feiticeiro? Neste caso, não foi bem assim. O alvo do feitiço cansou-se de falar de si, e quer saber dos outros; diz querer passar «de objecto mediático passivo a sujeito activo».
E não é que já comunicamos na gíria dos media?

Don't Panic, que é como quem diz «não paniques»

Bones, sinking like stones,
All that we fought for...
Homes, places we've grown,
All of us are done for.

And we live in a beautiful world,
(yeah we do, yeah we do).

Oh, all that I know,
There's nothing here to run from,
'Cause everybody here's got somebody to lean on.