Quando fordes bem velha ao serão, à candela
sentada ao pé do lume e a dobar e fiando,
cantando versos meus, direis maravilhando:
«celebrou-me Ronsard no tempo em que fui bela».
Nem criada tereis que acaso ouvindo ela
tal nova, em seus afãs já quase dormitando,
de meu nome soar não esperte, abençoando
vosso nome em louvor eterno se revela.
Em terra eu estarei, fantasma já sem osso,
entre mirtos e sombra a repousar num fosso;
vós sereis à lareira, idosa e encolhida,
chorando o meu amor e o vosso vão desdém.
Pois, crede-me, vivei sem ver se amanhã vem:
colhei desde hoje mesmo as rosas desta vida.
Ronsard, traduzido por Vasco Graça Moura
Imagino o Seth Cohen a seguir a deixa. Sob a forma de uns quadradinhos de banda desenhada, cuidadosamente elaborados, lançaria o ultimato à sua querida Summer.
Ela, apavorada com tão bem desenhadas rugas, correria para os seus braços.
É preciso ter lata.
1 comment:
ahhh..seth...
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